10 de dezembro de 2012

Courage




A coragem é uma habilidade humana em combater o medo, a intimidação e a dúvida. O medo paralisa, cria fantasmas, leva a pessoa para um mundo imaginário, tornando-o incapaz de observar as coisas como devem ou, como parecem ser. O medo de realizar algo trava, ilude, mente para você mesmo. O medo descreve a incerteza, conceitua-a, nada mais é que a medida da imperfeição.

A coragem é o impulso capaz de combater a falta de certeza, ocultando os vazios deixado pelo imperfeito. Transporta o homem para lugares distantes, assim, no escuro, sem saber o que vai encontrar. Acende a chama, aquece o peito, impulsiona-o, mas sem queimá-lo.

O medo da desaprovação é a semente da intimidação. A insegurança é o adubo. O homem que pensa demais, vê os problemas do mundo, enxerga o medo, faz emergir à superfície suas incertezas. O desejo é uma armadilha para a intimidação. Subestimar-se é o princípio da dura sensação, tornando-se incapaz de dar um passo à frente. A intimidação castra, cria pequenas alucinações, carrega temores, prende-o a um paralelismo cruel, não permitindo que suas decisões sejam tomadas. Não tem ao menos a chance de errar, simplesmente, você fica inerte, estático. A intimidação é o falso amigo, apenas confunde e mente. Age apenas de uma forma, vive para ludibriar sua mente. Agride o peito, desvia o foco, engana as ideias. Não se engane, somos muito mais do que pensamos, por mais otimista que possamos ser.

A dúvida sempre moveu o mundo, entretanto, quando a mesma aprendeu a se desapegar do medo. Duvidar, apenas, enriquece, evolui, reverbera. Ter medo da dúvida ou, não agir diante dela por medo, torna-te um fantasma, um zumbi, passeando pelo mundo, suspenso, um fluido escoando...
...sem nenhum recipiente para te dar forma, sem aderência, liso!

Duvidar tem que ser o combustível da coragem, deve incentivá-lo, torná-lo real, palpável. No ato de duvidar, encontrar nossas certezas escondidas, esperando o primeiro passo, e depois outro, e o outro...

Ande, pare, pense, siga!

25 de novembro de 2012

A estrada




Qual o tamanho da estrada,
que atrasa o tempo, aumenta a espera 
e aperta o coração?


Por qual caminho percorre este sonho
que insiste em tardar?
Anda sozinho este caminho,
sem atalhos ou desvios,
sem esquinas ou becos,
trilhando sozinho seu rumo.


Não se sabe onde
a estrada começa, por onde percorre e,
até o comprimento da sua distância,
porém,
é sabido onde ela leva e finda.



(Júnior Vilas Bôas)

8 de novembro de 2012

Troquei o livro, a história é a mesma.


Percebe-se mudanças na forma de agir, consequência da nova forma de tratamento que passou a receber. Comum isso, não? Pois bem, nada de novidade, apenas o esperado. Mudança! se tudo passa...é, quem sabe seja mesmo verdade. A dor não existe mais, foi excretada junto ao suor da maratona percorrida em busca do objetivo, não alcançado, em vão talvez. Nunca é, mas...

Mudei de livro, mas a história é a mesma. É o que me parece, é o que me é apresentado até então. É quase um material coloidal, em suspensão, em choque de partículas. Pessoas arredias, ariscas como animais selvagens na hora da fuga. Tipo água escorrendo por entre os dedos, difícil de segurar. Espera-se a hora certa, tendo a certeza de que a mesma nunca existe. Caso aconteça e acabe dando certo, sempre será a hora certa, porém, caso contrário, será julgada como o momento errado, inadequado, para ter sido realizado tal feito. Parece complicado, mas é mais fácil pôr a culpa no destino ou coisas do tipo.

O novo livro tem capítulos semelhantes aos de outrora. A leitura é a mesma, entretanto, o entendimento já é outro. Ir ao mesmo lugar e não buscar novos horizontes não faz sentido. É o mesmo que envelhecer saltando etapas, abreviando a vida. O momento é triste como um poeta escrevendo uma poesia alegre. É confuso no instante em que se apresenta e, lúcido, como água, na escuridão do quarto. Na maioria das vezes, o tempo é curto, nunca o bastante para satisfazê-lo. Sempre em descompasso, os relógios não marcam a mesma hora, nem tem o mesmo fuso. Seria preciso expelir mil verbetes por segundo para, só assim, ser capaz de começar a dizer o que tem interesse realmente. Aquilo que se guarda no interior de um baú em carne e osso, e revela-se em partes pelo olhar. Quem sabe assim, ganharia alguns minutos de atenção plena.

Parece difícil, compreendo. Mas quem disse que seria fácil? E se fácil fosse, teria o mesmo sentido?

sentido
sentindo
sem ter tido
sem ter
sem tê-lo dito.



PS: Fim do texto por motivos de força maior.


(Júnior Vilas Bôas)

14 de outubro de 2012

Na política: os medos são os mesmos.



A democracia é inegavelmente soberana, quanto a isto não há o que se discutir. A vontade do povo, depositada nas urnas, e expressa no resultado, está acima de qualquer interesse ou vontade própria. Mas até quando a vontade da maioria pode decidir e representar o todo?

Agora que me encontrei envolvido, ainda mais, com toda esta atmosfera política, pude perceber um pouco mais do jogo que move interesses em todo o país. Assim como o samba e o futebol, nossa política também é única. No Brasil, o povo não percebeu duas coisas: o poder que têm nas mãos, e quem paga a conta por tudo. Brasileiro não é politizado, é politiqueiro, e esse pequeno detalhe nos torna uma mercadoria de troca, uma verdadeira massa eleitoreira. Adoramos o "barato que sai caro", somos dono de um voto válido, que na verdade não vale nada. O povo gosta do "fuzuê" político, e só! depois do resultado-posse-mandato, não nos preocupamos mais, não cobramos, nem fiscalizamos aqueles que elegemos. 

Trocamos nosso voto por qualquer coisa, pelo simples fato de imaginar que levaremos vantagem. Só que esquecemos que dinheiro de campanha também é dinheiro público. E por isso, não nos resta outra alternativa senão viver um dia de cada vez, um perrengue diário, sem se permitir fazer planos para uma vida digna, já que desejamos a vantagem no momento, JÁ!

A vontade de realizar um bom trabalho à frente de um cargo público, esbarra na ganância em possuir cargos com altos salários e, considerados por muitos, de maior importância (lê-se: com maior facilidade em lucrar!). Poucos estão preocupados em deixar um bom serviço prestado para a cidade, até mesmo aqueles que ganharam sua primeira oportunidade. Já entram infectados pelo vírus do poder.

Outra questão que é responsável por formar uma barreira entre o desenvolvimento de uma cidade e sua gestão, se encontra, nos interesses econômicos por trás de um representante. Quem financia dita as regras e, na maioria das vezes, comandam a gestão usando de manobras para atrair recursos para o próprio bolso. Eleição é negócio, isso é notório, por isso a preocupação em quem vamos depositar nossa confiança é importante. Todavia, ela pode ser a última a gerir à "máquina".

Fala-se muito por aí que o poder corrompe. Não acredito muito! pra mim a política Brasileira já é infectada. Assim sendo, para alguém obter uma longa jornada nesse meio, não é preciso estar vacinado, pelo contrário, deve entrar também, já infectado. Ok! não vá pensar que é uma visão pessimista de minha parte em relação aos políticos Brasileiros, pois, mesmo sabendo que a maioria é corrupta, reconheço que temos grandes nomes ocupando cargos públicos. Entretanto, o "sucesso" na carreira é interrompido pelos interesses daqueles que detém o poder.

Como mudaremos esse quadro? Até quando iremos tolerar essa bagunça? Quando veremos nosso país destinar a verba pública em investimentos que realmente farão diferença no futuro? É, não sei, talvez quando sairmos da adolescência e atingirmos a maturidade.



(Júnior Vilas Bôas)

11 de setembro de 2012

Por virtude do desejo.



Tudo está em suspensão, como um calendário numa greve, ou nas férias de verão. À distância não se pode arriscar, o tiro no escuro, aumenta as chances do passo em falso. Ainda assim, no encontro, a chance do passo tomar um rumo, uma direção, é pequena.


As redes sociais encurtam distâncias, afastando as pessoas. A incerteza no diálogo, justamente, por não existir mais o olho-a-olho, amedronta as pessoas. Inibem as decisões, por mais que dentro de cada um, já estejam mais que decididas. Impulsiona um certo comodismo, pois você acaba possuindo a parte desejada, no ato de imaginar, e também, por sentir-se tão íntimo com todas as informações da "www". Fotos, pensamentos, inspirações...tudo isso não é mais comungado com o diário e, sim, atirado, lançado na rede.



"Lá, bem distante, bastante pra aquecer sem queimar"



Outros fatores, que fogem do controle impedem, porém, o encontro é iminente. E, mesmo assim, a dúvida do que pode e como irá ocorrer é real. O sentimento esbarra em questões ideológicas, fé e foco. Não dá pra competir quando não permitem que seu time seja posto em campo. A missão: provar que existem outras formas de encontrar a "verdade", confiando nos muitos tipos e formas de enxergá-la.


A única certeza é que chegou a hora do objeto e observador serem apenas um, ou seja, o que deseja ter em si a parte desejada.




(Júnior Vilas Bôas)




27 de agosto de 2012

A cor das ideias.



Qual o problema em desistir? Será que eu precisaria continuar alimentando tal situação para poder rabiscar a folha em branco? Não, imagino que não.

A mistura de todas as cores do espectro, dando origem à cor branca reproduz fielmente a liberdade que temos diante de uma simples folha de papel. Simples no formato, conceito e geometria, porém, com uma funcionalidade um tanto complexa quanto à natureza humana. Nela a humanidade se expressou por séculos, Impérios experimentaram os dois lados da moeda - ascensão e queda - amores foram cultivados através de cartas, e poetas, exatamente eles, encontraram um forte aliado, não para relatar alegrias ou tristezas, e sim, apenas para serem: poetas.

Precisei viajar quilômetros para abrir os olhos e enxergar o óbvio. O quebra-cabela que eu mesmo criei, foi peça a peça, formando a imagem que muitos em volta já conheciam. No fundo eu também já sabia, mesmo lutando para mudar esse quadro. E assim foi, até chegar num ponto que não dava mais, ficou insuportável. Não há outra alternativa, é a única solução, página virada.

Alguns vão dizer que é necessário coragem. Confesso que não sei, prefiro confiar na razão. Acredito nela, está comigo há alguns anos. E também, não há o que temer, sempre vai existir uma folha em branco pronta para receber uma nova história.



(Júnior Vilas Bôas)

7 de agosto de 2012

Uso de defensivos naturais


Experiência: Uso de defensivos naturais para o controle de pragas e doenças em hortas orgânicas no sertão de Pernambuco 


Chamada: Defensivos naturais para o controle de pragas e doenças em hortas

Ano Publicação: 2006





Os agricultores e agricultoras do Sertão Central de Pernambuco reuniram-se em uma oficina para discutir os principais produtos naturais utilizados na região no controle de pragas e doenças. Eles lembram que esses produtos, apesar de serem naturais, devem ser aplicados sempre na quantidade e na freqüência certa, somente quando necessário. Quando conhecer uma nova receita, eles aconselham antes testar o modo de usar e a concentração do produto numa pequena porção da horta até comprovar o efeito da dosagem sem comprometer a produção. Por fim, eles lembram que mesmo não sendo agrotóxico, um defensivo natural é um produto ativo e tem que esperar pelo menos dois dias após a aplicação para colher as hortaliças. Os produtos mais usados no Sertão Central de Pernambuco são:

Farinha de trigo com detergente: dissolver 1 quilo de farinha em 20 litros de água e meio litro de detergente neutro. Aplicar de manhã em cobertura total. A aplicação será mais eficiente em dias quentes e secos. Pode combater a mosca branca, ácaros, pulgões e lagartas de horta.

Pimenta malagueta: bater 500 gramas de pimenta vermelha ou malagueta em um liquidificador com 2 litros de água. Coar o preparado e misturar com 5 colheres das de sopa de sabão de coco em pó, acrescentando mais 2 litros de água. Pulverizar as plantas atacadas por pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas. Aguardar 12 dias para colher.

Folha de nim: misturar 250 gramas de folhas e ramos verdes picados em 20 litros de água. Aguardar um dia. Coar e pulverizar. Serve como repelente para uma grande variedade de insetos.

Fumo: mistrurar 250 gramas de fumo em 20 litros de água e 500 ml de detergente neutro. Aguardar 24 horas. Excelente inseticida contra pulgões, vaquinhas, cochonilhas, lagartas etc.

Alho: dissolver um pedaço de aproximadamente 50 gramas de sabão de coco em 4 litros de água. Juntar 2 cabeças picada de alho e 4 colheres de pimenta vermelha. Coar em pano fino. O alho é um bom repelente de insetos, bactérias, fungos e nematóides.

Urina de vaca: Deixar curtir a urina de vaca em um recipiente fechado por 4 dias. Depois misturar um copo da urina em 20 litros de água. Serve principalmente para combater ataques de moscas, pulgões e largadas, ao mesmo tempo em que serve como adubo para as hortaliças.

Angico: Deixar 1 quilo de folhas e vagens de angico de molho em 10 litros de água durante 5 a 8 dias. Coar e diluir 1 litro da solução em 5 a 10 litros de água. Indicado no comabete de pulgões, lagartas e formigas.





PS: Esse experimento não foi desenvolvido, e nem testado por mim. O que estou fazendo, é apenas repassando informação sobre o combate aos herbicidas.

3 de agosto de 2012

Do perigo iminente.



Nas estradas de Minas, entre o belo e o perigoso, uma linha tênue, que abriu os olhos daquele que vivia numa espécie de feitiço. Da janela do ônibus podia se ver uma linda paisagem, montanhas, cafezais, e um verde deslumbrante, porém, o show da natureza não escondia o perigo dos desfiladeiros e penhascos logo ali ao lado da estrada.

Em todo esse tempo, o sentimento confundiu-se com as estradas mineiras. A pureza em sentir, com o coração pulsando, o mais forte dos sentimentos. Sem promessas de ser feliz, assumindo todo o risco, essa é a verdadeira coragem daquele que se entrega.
A entrega mostra a coragem, a sinceridade, até onde você pode chegar. Já que você passa a não ser o dono das rédeas, fica em suspensão, nas mãos dos deuses, à rolar junto com os dados. O risco, sim, foi saboreado, e acredite, é amargo, assim como previsto.

O risco, nada mais é que a parte perigosa da estrada. Era o medo inerente, em seguir viagem na escuridão. Exemplos não faltaram, entretanto, quando não se está sendo levado, fica fácil enxergar e, tentar reagir. Por outro lado, quem está dentro do "ônibus", sendo carregado, mesmo sabendo dos riscos, a pessoa quer apenas enxergar o que vem depois do perigo. E muitas vezes, o inesperado acontece. Não obstante os fatos, nada de mágoas, as sinuosas estradas de Minas retratam muito bem o caminho percorrido, onde, no fundo, a chance de não dar certo era real e visível o tempo todo. Ou seja, não assustaria caso viesse a se concretizar.

A responsabilidade em guiar tal "veículo" é muito grande, não se pode brincar. A vida não permite que você negligencie a direção, pois, pode não haver outras chances, e sim, apenas uma. Justamente aquela onde você deveria ter pedido ao motorista que parasse o "ônibus" que você quer embarcar, ou então, por pior que seja, desembarcar. De uma maneira honrada, madura. E nunca, jamais, brincar com a direção. Porque o destino, sim, o destino...pode vir na contramão!




(Júnior Vilas Bôas)


10 de julho de 2012

Não sei falar.




O verbo a cantar
a saudade a sorrir, 
o coração a pulsar;
a alma a florir.

O pensamento voa
a vontade arde,
a dor no peito bate.

O choro na verdade,
lava por dentro;
traz para fora o pensamento,
transforma-o em desejo.




(Júnior Vilas Bôas)

1 de junho de 2012

Rubro-Negrismo



Sou Flamenguista, acredito que não seja novidade para ninguém, pois, espero que não. Gosto de chegar num lugar e ser reconhecido como tal. É sim, meu maior presente, minha maior qualidade, meu maior defeito (para uns), minha herança, meu sangue.

Ser Flamengo é mais que apenas torcer para um time de futebol, ultrapassa os limites da metafísica, se é que eles existem, que Descartes me perdoe. Ser Flamengo é algo herdado do meu Pai, é a história do povo brasileiro contada através de uma bola, é o sofrimento aliado à fé. É acreditar mais que os outros, e duvidar de tudo, até quando não há mais alternativa. É ser chamado de chato pelos demais, sem motivos, apenas por sermos muitos.

Bem, acho que deu pra entender mais ou menos o que representa. Entretanto, esse não é o ponto em questão. Todos estamos acompanhando o desligamento do jogador Ronaldinho, um dos maiores da história, um dos melhores que vi jogar, e sim, sou fã. Outro fato também que nunca deixei de revelar, minha admiração por esse talentoso jogador, e a satisfação em tê-lo vestindo o Manto Sagrado de número 10, aquele eternizado por Nosso Senhor Jesus ZICO!

Não vou falar da passagem de R10 pelo Flamengo, nem fazer comparativos, nem ofender ou defendê-lo. Quando pensei em escrever sobre tal assunto, o que se passava pela minha cabeça era outra coisa. Pensei: como é vantajoso para a mídia o assunto Flamengo. Bem, e foi aí que resolvi escrever.

Já cansei de ouvir as pessoas falarem que o Flamengo é o time da Rede Globo, que só passa os jogos do Flamengo na TV, nos programas esportivos quase todas as reportagens são sobre o Flamengo. Alguns vão dizer: e não é? Não! Não é bem assim. Quem conhece sabe, o futebol também é uma empresa, é mídia, futebol é grana (muita grana), é comercial, faturamento, lucro. Ninguém lança uma imagem na mídia se não for pensando em faturar. Ninguém é tão bonzinho a esse ponto. Ou vocês acham que a Globo é a melhor amiga do Flamengo? "Mui amiga" aquela que planta bombas jornalísticas em seu site todos os dias, que vende a crise no time por segundo, que se alimenta de jogadores polêmicos que vestem a camisa do Clube.

A marca Flamengo vende, e a Toda-Poderosa Globo sabe bem disso. Somos mais de 35 milhões de torcedores, uma Nação, realmente, espalhada pelo mundo. Qualquer notícia, bombástica ou não, em seu site, significa imediatamente, milhões de cliques na página, e tudo isso é revertido em dinheiro. 
-Ah! qual jogo vai passar esse findissemana?
-O do Flamengo.
-Poxa, a Globo é mesmo puxa-saco, só passa jogo do Flamengo.
Mas é claro! já ouviu falar em audiência? Se fosse você o dono da emissora, também não passaria?

Até hoje, eu só vi o Flamengo ser o único time em crise, a ser campeão. Independentemente do título, sempre que fomos campeões, aposto com qualquer um, que nas semanas que antecederam, os jornais esportivos exibiam matérias dizendo que o Flamengo estava em crise de alguma coisa.

Desculpem os outros times, mas se vocês realizaram um grande feito, e a mídia não deu tamanha importância, e ao invés disso, estamparam uma matéria qualquer sobre o Flamengo, não se preocupem, vocês não são culpados. É que ainda assim, nós torcedores do Fla, consumiremos essa notícia, por mais irrelevante que ela seja, e isso é um prato cheio para a impressa. Duvida? Vá agora no site esportivo de maior visibilidade, entre na página de esportes, e olhe lá, "notícias mais lidas". Das 5, quantas são sobre o Flamengo?

Portanto, tenha calma em afirmar certas coisas, apoiado em argumentos de pré-adolescentes começando a conhecer o esporte. E aos torcedores, apenas melhorem o filtro de informação.




(Júnior Vilas Bôas)




PS: Foi uma honra, como seu fã, comprar a camisa de nº 10 do Fla com seu nome, porém, aqui é assim R10: Joga quem quer, quem não quer, pode ir embora.

28 de maio de 2012

Exportar commodities ou agregar valores?


O agronegócio é o maior negócio da economia brasileira e da economia mundial, 
gerando mais de um terço do PIB brasileiro, quase 40% do emprego formal e no 
período de 1997 a 2009 o saldo comercial acumulado do agronegócio representou 
US$405 bilhões. O Brasil é o segundo maior exportador de soja em grão do mundo, 
é o primeiro nas exportações mundiais de suco de laranja e também é um grande 
exportador de carne bovina, de frango e suína, além de outras commodities como 
açúcar e café.  

As carnes bovina, suína e de frango representaram no valor exportado pelo 
agronegócio brasileiro em 1997 cerca de 6,8%, e em 2009 esta participação foi de 
18,4% (US$11,78 bilhões). Isto quer dizer que somos competitivos do ponto de vista 
da produção e nos aspectos tecnológicos, com significativas vantagens comparativas.   
A crescente demanda chinesa por soja em grão provocou o crescimento da 
produção brasileira nos últimos anos e segundo dados da Embrapa no período de 
1990 a 2005, a taxa anual média de crescimento das exportações de soja em grão 
foi de 14,82%, a taxa do óleo de soja foi de 8,6% e do farelo de soja, 3,16%. Esse 
grande aumento na quantidade exportada de grãos ocorreu a partir de 1996 e foi 
resultado da Lei Kandir, que desonerava de ICMS as  exportações de bens 
primários, com o objetivo de trazer mais receitas para uma balança comercial que 
na época era deficitária.  

Mas, é preciso observar que se por um lado a medida serviu para dar mais 
competitividade ao produto primário, por outro lado ela acabou desestimulando a 
industrialização prévia destes bens, além de prejudicar a arrecadação de vários 
Estados e municípios que perderam parcela da arrecadação de seus impostos. 
O Brasil é exportador de commodities, que são produzidas em escala, com pouca 
diferenciação e que tem um preço inferior ao preço  de um produto com valor 
agregado. A minha opinião é que precisamos exportar menos commodities e mais 
produtos com valor agregado, que sejam diferenciados e que sejam vendidos a 
preços mais elevados. 

A agregação de valor trará benefícios aos produtores rurais e em especial ao 
pequeno e médio produtor que não tem como concorrer no mercado com uma 
grande empresa, e que teria como opção desenvolver  produtos para serem 
consumidos em um nicho específico de mercado, como  os produtos certificados, orgânicos, os minimamente processados etc. Mas, para isso, é preciso que ocorram 
investimentos em pesquisas (vindas de institutos privados e particulares), 
associativismo e o apoio do governo, além de um planejamento estratégico e o 
desenvolvimento de campanhas de marketing. 

Apenas para exemplificar poderia citar alguns exemplos de agregação de valor na 
soja, sendo que em 1933, Henry Ford desenvolveu nos Estados Unidos o primeiro 
produto feito à base de soja: um painel de carro feito de plástico de soja, e desde 
esta época, novas tecnologias que incluem o grão foram descobertas. 
Relativamente pouca pesquisa sobre o óleo de soja e de proteínas como 
ingredientes industriais foram conduzidos até a formação da United Soybean Board
(USB) em 1991. A USB é formada por 64 voluntários agricultores (diretores) que 
supervisionam os investimentos do programa de investigação e promoção da soja, 
financiado pelo governo americano. 

A seguir são mostrados alguns produtos desenvolvidos à base de soja e que são 
comercializados no mercado americano: xampus para cães e gatos; lubrificantes 
para uso geral na casa, garagens, fazendas, áreas externas; anti-ferrugem; 
isolante térmico para casas; velas feitas à base de cera de soja com diferentes 
tamanhos, formas, aromas e cores; produtos de limpeza para pisos, carpetes e 
superfícies laváveis. Foram desenvolvidos também produtos de limpeza para 
remover pesticidas de frutas e legumes; detergente  para louças e roupas, 
removedor de manchas; removedor de fungos e bolores além de cosméticos.  
Este foi apenas um exemplo de agregação de valor em uma cadeia produtiva do 
agronegócio, existem exemplos também no cacau, como o chocolate para ser 
inalado e o selo com aroma de chocolate, desenvolvido pelos Correios da França 
com o objetivo de conter a queda do volume de cartas com a popularização do email, do MSN, etc., além de estimular o consumo de chocolate.  

Também é preciso citar o exemplo dos chocolates feitos com cacau diferenciado, 
que é produzido em regiões especiais e os orgânicos, que vem sendo consumido 
cada vez mais no exterior e também aqui no Brasil.  Mas, é possível também 
agregar valor na cadeia produtiva da laranja, do café, do coco verde, da carne 
bovina e suína etc.  

Atualmente com a valorização da gastronomia, o consumidor já conhece e compra 
mais produtos gourmet como os cafés especiais, sendo que o consumo deste tipo de café representou 4 % do volume total de cafés consumidos em 2009, segundo a 
ABIC. Desde 2003, o segmento cresce a taxas de 15% a 20% ao ano.  
No Brasil temos alguns exemplos de agregação de valor, que também pode 
acontecer por meio da denominação de origem, como é o caso do Arroz do Litoral 
Norte Gaúcho, que obteve o selo atestando que o produto da região é diferente dos 
demais produzidos no Brasil.  

Este é o primeiro registro de Denominação de Origem de um produto brasileiro e o 
oitavo de Indicação Geográfica do país, e o Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial (INPI) confirmou que este produto é diferenciado devido ao local em que 
é produzido. A área de cultivo, localizada numa faixa de terra entre a Lagoa dos 
Patos e o Oceano Atlântico, influencia a qualidade  do arroz, que apresenta um 
rendimento superior.  

O INPI confirmou que o cereal tem características distintas e autorizou a utilização 
do selo a todos os produtores da região, que conseguirem alcançar os requisitos 
mínimos exigidos (são cerca de 1,4 mil produtores de arroz em uma área que 
equivale a 130 mil hectares). A primeira produção de arroz com o certificado será 
comercializada a partir da colheita da próxima safra, prevista para fevereiro de 
2011 e a expectativa da APROARROZ é que o produto tenha valorização de 20% 
em relação ao preço atual. 

O Brasil possui hoje sete regiões registradas com Indicação de Procedência. São 
elas: Pinto Bandeira (RS), para vinho tinto, branco e espumante; Região do 
Cerrado Mineiro (MG), para café; Vale dos Vinhedos (RS), para vinho tinto, branco 
e espumante; Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (RS), para carne bovina e 
derivados; Paraty (RJ), para cachaça e aguardente composta azulada; Vale do 
Submédio São Francisco (BA/PE), para manga e uvas de mesa; e Vale do Sinos 
(RS), para couro acabado.  

Estes exemplos junto com o exemplo dos Estados Unidos mostram que é muito 
melhor agregar valor e ter maiores lucros, do que exportar commodity e deixar o 
lucro para os outros países. Aliás, o Brasil é conhecido como o celeiro do mundo, 
mas o que adianta produzir tanto, se as estradas, os portos não dão conta de 
escoar a produção? O governo tem uma parcela importante nisso, mas isso não 
basta, o produtor precisa se organizar, se informar, conhecer o que vem sendo 
pesquisado e tratar a sua propriedade como uma empresa rural, deixar alguns 
conceitos no passado e ir em busca de novos desafios.  


Profª Drª Maria Flávia de F. Tavares 
Coordenadora do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM-RS

10 de maio de 2012

O reflexo da folha em branco.



O quê escrever em dias assim? A folha em branco refletindo a luz, cansando "as vistas", pedindo para que a mão que segura a caneta escorregue por entre as linhas, em movimentos leves e constantes, juntando letras, formando palavras, sejam elas sem sentido, ou não, já que nem todo sentido é sentido, e nem toda falta de sentido faz sentido.

A indecisão é tamanha, e castiga uma mente cansada, subjugando um coração refém da sorte. Castigando como a Seca no Sertão, luta-se como o bravo Sertanejo que não foge à sua luta diária, nem abandona sua terra. Elevam-se as intenções aos céus, e espera-se que venha a chuva, trazendo consigo, a esperança.

Ops! Pausa, uma pequena interferência no resultado do texto.

A dúvida gera a inquietação, que acaba mostrando caminhos a seguir. Novas oportunidades, nem sempre bem sucedidas, outras nem tão fáceis de serem alcançadas. Pelo contrário, algumas tentativas geraram algo semelhante a um simples e breve afastamento, medo, barreira...
...não sei definir, apenas perceber. Sei o motivo, conheço o vilão muito bem, pra identificar que são seus ideais, o responsável pela nova barreira a ser transposta. Mas, somente se esse for o caminho a seguir. As engrenagens se movimentam com muita energia, e muita coisa pode mudar de maneira rápida.

A concentração é falha, isso é perceptível. A inquietação no mundo das ideias vence a concentração em sua forma apresentável no mundo material. Uma batalha árdua, que se perde ganhando, e se vence, sempre, perdendo algo.

Provavelmente não tenha nada definido nos próximos dias, nada que venha a me fazer tomar decisões, ou coisa do tipo. Apenas caminhos cruzados, atalhos, estradas duplas e apartes em discursos não tão elaborados, nem, certamente, pensados. Só o simples exercício de ver a mão que segura a caneta, fazendo-a deslizar pelas folhas em branco. Branco esse, que reflete toda a agitação de quem se refugia e pede abrigo entre as palavras soltas, sem sentido, para quem sabe assim, encontrar o sentido a seguir.



(Júnior Vilas Bôas)







Em tempos de seca, eleve suas intenções: http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/81584/

26 de abril de 2012

Aqui estou eu.




Faltam respostas para confortar uma situação que, já de muito tempo, resiste às vontades verdadeiras. O tempo continua a manter-me como um refém, sendo resultado de todas as suas condições, em meio à atmosfera de uma área que por enquanto não é favorável.

O mundo parece ser grandioso e com espaço de sobra para todos, porém, vejo que esse torna-se pequeno e sufocante a cada encontro. Antes que pergunte, não! Não sei como reagir. Apenas isso, o tempo em todos os seus conceitos, e em princípio, reconhecendo a ocorrência dos eventos que nossos sentidos possam perceber. Sim, só ele por enquanto poderá dizer.

[...]
O intrépido Cavaleiro Sem Espada foi atingido por um grande golpe. Logo ele, que mesmo sem possuir sua espada para o devido ataque, ou até, um contra-ataque - tendo em mãos - apenas um escudo capaz de defendê-lo quase sempre. Entretanto, é difícil defender-se de um ataque inesperado, quase invisível. Deixando-o ferido, e sem reação. Agora o que se vê, é a sua ferida aberta, sem cicatrizar, sem poder medicá-la, até porque ele não a enxerga. A ferida não está exposta na epiderme, à vista de todos, e sim na alma, na mente, no mundo das ideias. [...]

Mais uma vez surge outro mundo, outra zona de escape. Mas desta vez, já sabendo das anteriores, analisa-se muito antes. Não pretende cometer os mesmos erros, nem as mesmas mágoas. Mesmo analisando antes já tem-se a certeza de que é um erro, não me abstenho do mesmo, sei disso! Na verdade, só em escrever, já o fiz.

I'm just a passing glance
Not a for sure but a chance
And there's no way that I am
What she sees now



A estrada é mais longa do que foi prevista, a espera é cansativa, e não se pode agradar os dois lados. Isso é notório! Há um medo permeando o mesmo ar onde vive os sentimentos esperados, e desejados. Um medo de que a mágoa cresça e ocupe um lugar que não seja dela, deixando sem espaço a sementes que busca um lugar para brotar.

Manter-me à distância, será essa a fórmula? Uma falta sentida, corresponderá a chance da obtenção de respostas? Sei que não existe um cadeado ou uma combinação perfeita que consiga trancar tudo o que está guardado hoje, por muito tempo.

Fico aqui, procurando passado na memória, caminhando, seguindo em frente. Aqui, no meio da estrada, não...
...não existe derrota para me vencer!



Júnior Vilas Bôas





9 de abril de 2012

Los dias Santos.




"Este santo anarquista, que conclamou o povo baixo, os excluídos e "pecadores", a chandala no interior do judaísmo, a contrariar a ordem dominante - com uma linguagem que, se pudéssemos confiar nos evangelhos, ainda hoje levaria à Sibéria -, foi um criminoso político, na medida em que criminosos políticos eram possíveis numa comunidade absurdamente apolítica. Isso o levou à cruz: a prova disso é a inscrição na cruz. Ele morreu por sua culpa - falta qualquer razão para dizer, por mais que se tenha dito, que ele morreu pela culpa dos outros."

(O Anticristo - Friedrich Nietzsche)


Independente das posições, opiniões e crenças religiosas, o santo-meio-findissemana agrega alguns valores - na minha singela opinião - maiores que os combates ligeiros ao cristianismo ou qualquer outra religião, e também, à própria crença.

Cada um busca em si suas verdades, e tudo o que queira acreditar como sendo ela, o caminho. Entretanto, mesmo sem discutir a importância da data para o calendário cristão, ou todos seus significados, sem apartes eclesiásticos, há sim símbolos, que transcendem à regula, fazendo sentido apenas para quem a pertence.

O que pode representar essa ladeira cheia de pedras no caminho, debaixo desse sol escaldante, rumo àquela pequena capela recheada por velas, pedidos e intenções, que enterra a própria história em seu chão?

Chão!
Quando quer descer
faz uma ladeira.
Chão!
Quando quer crescer
vira cordilheira.

E assim cada um segue seu caminho para as demais semanas que restam no ano, cheios de esperança e renovação. Motivos? Pra quê? Certeza? Quem as tem?

Simples: "Fé cega, e pé atrás!"



(Júnior Vilas Bôas)

22 de março de 2012

Paralelos






Estamos mudos,
calados, sentados
lado a lado;
dois lados
sem nenhuma interseção.

Sem pensar nem pensar,
sem ouvir e falar
sem sentidos,
não faz sentido!

O que fazer? 
Se você não me vê,
e não tenta entender,
mas não faz sentido!

Se digo o que estou sentindo,
não diga que não tem sentido,
eu não minto!
Até mesmo calado.





(Júnior Vilas Bôas)

9 de março de 2012

À constante




Em cada vida, e em todas as outras, que você consiga viver, é preciso de algo que realmente importe, que você seja ligado intrinsecamente. Para, só assim, você fazer parte do mundo em que se apresenta, e então, conseguir alcançar uma equação estável. Justamente por isso, só por isso, buscamos nossa constante no mundo.

Pois ela nada mais seria que algo que consta, ou já foi mencionada. Faz parte do imaginário, aparece com frequência na sua obra, em sua arte, e claro, na mente do mesmo.

Para os cientistas, as constantes são capazes de criar diferentes primitivas, porém, ela é única. Mudam-se as primitivas, mas só aquela constante é responsável por oferecer o resultado esperado.

Esse pensamento surgiu em um momento controverso, e um tanto, conturbado. Não obstante, poder-se-ia usá-lo como uma forma de provação, não como brigas contra a balança, ou pessoas que se martirizam por um ideal, nada disso, estou falando apenas de Fé, somente! O desejo é apenas em comprovar sua força.

Afinal, se considerada uma constante, assim como se imagina, e se espera, nada mais óbvio que esperar que os problemas sejam superados, não com facilidade, longe disso, mas com muita clareza. E com isso impulsionando ainda mais suas intenções, elevando-os ao estado de graça, que lhes é de direito.



"aprendi com a dor, nada mais é o amor, que o encontro das águas"


[...]
Por um tempo sumido, recuperando-se de muitas batalhas, sofrendo golpes, acertando apenas num espelho, que abusa em reverberar todos os seus golpes, porém, nunca a desistir, lá está ele, nosso intrépido guerreiro, ninguém menos que ele: o Cavaleiro sem Espada.

À procura de sua Escalibur, para enfim, ir à peleja, ele estava escondido, depois de sofrer um baque muito grande. Encontra-se agora a caminhar por aí, sem a sua importante companhia, seu fiel escudeiro, sua espécie de Sancho Pança, o deixou. Suas fieis e importantíssimas informações estratégicas, seus passeios por trás das linhas inimigas, agora fazem falta. Se antes já estava desarmado, agora estás inconformado, sem notícias, sem planos, sem rumo, apenas um desejo, movido por uma fé. Pensas que é pouco? Ele ainda a de conquistar o "mundo".





(Júnior Vilas Bôas)

8 de fevereiro de 2012

Os fótons são os mesmos!




Eu canso de ouvir-pensar-ver que "tudo que é sólido desmancha no ar". Em que nada é eterno, ou moderno. Então, como afirmar com tanta convicção que nunca mudará? Nada me convence mais, do que uma simples palavra: Comodismo.

O medo do novo pode não te deixar tomar decisões importantes, modificar um caminho, ou até, marcar em tua pele, à ferro e fogo, cicatrizes que as levará até o fim da vida. Claro, é comum resistir à mudanças sabendo que elas nos trarão novos hábitos, personagens, histórias. Chega um ponto que o nosso cérebro está condicionado a fazer o mesmo, como se atuasse em piloto automático. Disse Lenine: "o medo é a linha que separa o mundo...", e para muito, essa linha que separa dois mundos, é distanciada apenas por um passo. Pois é, um passo, então não me venha dizer que a caminhada é longa, porque nada é tão distante, quando se é satisfatório.

Então, diga-me, por que as pessoas se acostumam com algumas situações que não lhes fazem bem? Que corrente é essa que te aprisiona, atrasa, impedindo uma evolução natural das coisas? Mas como mudar sem a certeza de que o próximo passo é correto? Opa! Uma fé cega, e claro, um certo pé atrás. Não dá pra negar a dificuldade em toda essa problemática. Afinal, julgamos a partir das nossas experiências, sentimentos, óticas. Por isso nos apegamos, e mesmo que tudo e todos a nossa volta, vejam o contrário, os envolvidos, enxergam numa só direção. Há então, o desgaste, mas e aí, vai esperar que ele resolva? Que leve milhões de anos como a ação da água e vento numa rocha? Sério, não espere tanto...

Atende, meramente, e acima de tudo, à sua comodidade. Só isso, mais nada. E tem plena noção de que o faz, faltou dizer se ao fazê-lo, agradava-a. Em mim, faltou audácia de perguntar, coragem de investigar, e claro, o egoísmo de plantar em outro solo, uma semente da qual se espera brotar o mais puro dos sentimentos.

Pede-se apenas um momento de loucura, surta-te! Quer dizer, encoraja-te, é melhor, pois ao surtar, não estaria, é claro, tomando decisões corretas, e provavelmente não te levariam a um bom lugar. Foge desse comodismo, não perde a hora certa, já que a pessoa - ah! isso falo com certeza - é a errada. Porque eu...
...eu, é, bem! Eu devo esperar? Ué, eu devo me acomodar? Cara*#@,



(Júnior Vilas Bôas)


29 de janeiro de 2012

Nós só precisamos ir.



Sempre será um momento temido, aquele que precede uma grande notícia. Mesmo sem saber se é por definitivo, ou se é apenas passageira, como de outras vezes. Das dicas que recebi pude entender do que se tratava, porém ainda sem aquela certeza. Mas nada como uma viagem, e um bom domingo de sol com pessoas que fazem parte deste ciclo, que se fecha cada vez mais.

Não vou negar, a possibilidade tem me assustado muito. Não sei como vai ser, o quê fazer, como lidar com tudo isso. Sei que, aquele sorriso de canto, tímido, quis ser uma baita gargalhada, seguida de gritos e pulos de alegria.

Buscar informações pode machucar, entretanto, sem elas, a dor parece ser maior. Tento ficar próximo, para sempre que precisar, mesmo em algumas vezes, não querendo ouvir o que tens a me dizer. Uma palavra é tão cortante quanto uma faca. E mesmo querendo ajudar, sei que não poderei fazer em todas as situações, em algumas, é melhor me manter afastado, sem envolvimento, pois acabaria confundindo-a ainda mais. Também sei que pode ser um momento difícil, e temo por estar sendo egoísta, se por acaso agir assim, me envolvendo.

Antes do grito, o silêncio. Muitas vezes, tão eloquente quanto.



A fé, nada mais é, que se apossar de algo que apenas não passa de um desejo. É tornar alguma coisa, que não passa de imaginação como já sendo sua, materializando-a.

Pensando assim, pode-se explicar uma certa inquietação com a situação atual. Sentir-se traído por apenas não ter respostas ou notícias, provando a hipótese de que nós humanos costumamos nos apossar das coisas que desejamos sem realmente tê-las. Acredite, não é papo de "O Segredo", ou algo parecido.

Inerente a tal fato, é justo responder pelas circunstâncias, mesmo sabendo que elas não pertencem a você? Pelo menos do desejo você é responsável, até aí, tudo bem! nada além disso.

"sentir com inteligência, pensar com emoção"





(Júnior Vilas Bôas)

5 de janeiro de 2012

A Filosofia de Lost




A SÉRIE MAIS ASSISTIDA NOS ÚLTIMOS TEMPOS.

"Lost revolucionou a TV ao intrigar o público com a saga dos sobreviventes da queda do voo Oceanic 815 em uma misteriosa ilha do Pacífico. Os conflitos e as reviravoltas decorrentes desse acidente conquistaram uma legião de fãs que, a cada episódio, é convidada a se surpreender com as histórias e atitudes dos personagens e a desvendar os segredos da ilha. Mas o que a filosofia teria a dizer sobre o programa mais comentado da atualidade?

A relação entre Lost e a filosofia vai muito além das constantes referências feitas no programa a obras de filósofos consagrados e dos nomes de personagens como John Locke e Danielle Rousseau. Para entender os enigmas da série, Simone Regazzoni explora seus mistérios e disseca os personagens, a iniciativa Dharma e os Outros, buscando apoio nos trabalhos de pensadores como Platão, Immanuel Kant e Michel Foucault. O resultado é um olhar inovador sobre os dilemas e as situações vividas pelos protagonistas e uma série, como a oposição entre fé e razão, o isolamento do mundo exterior e a busca pela sobrevivência.

Uma obra original, A filosofia de Lost prova que a filosofia pode ser tão divertida quanto desvendar os segredos da ilha."


Uma dica de livro, esse que será minha primeira leitura em 2012, para todos aqueles que sabem que os conflitos acontecidos na ilha são muito mais do que ficção, programas televisivos. Para aqueles que buscam entender os assuntos que permeiam o cotidiano.

Boa leitura,
Júnior Vilas Bôas