24 de abril de 2013

Um plano já, planejar!


Não há como planejar a maioria dos encontros na vida, é claro! como também, não é possível programar as oportunidades, acredito que todos estejam de acordo. Logo pela manhã, um encontro inesperado, já à noite, mesmo forçando uma chance de um reencontro, bem...foi em vão. Ainda que com uma pequena ajuda imposta pelo destino, não, não foi aproveitada.

Estive presente em uma reunião recentemente, e um dos palestrantes proferiu a seguinte frase: "quem planeja tem futuro, quem não planeja, tem destino". Acredito que a frase se encaixe bem no pensamento de hoje. Porém, ainda precisa-se questionar em quais âmbitos da vida podemos aplicá-la. É pertinente, é necessário! Profissionalmente, sem dúvida, o planejamento está inerente a qualquer atividade bem-sucedida. Já nas relações pessoais, imagino que não podemos contar com a mesma certeza. As palavras fogem, os desencontros aumentam, pessoas mudam. Não adianta buscar macetes, fórmulas prontas nessas relações, você não as encontrará. São sempre equações inexatas.

Ser surpreendido pode ser considerado um ponto positivo para aqueles que não programam a vida (ou tentam). Pode tornar a ação mais rápida, as palavras podem passear com mais facilidade por esta imensa via que é a "mente-boca". Sem dúvida é a minha "infinita highway", como diria Humberto Gessinger. É o caminho mais longo que percorro todos os dias. Mas estamos sempre correndo riscos, correndo atrás do horizonte. É nessa longa estrada que o planejamento pode se perder, quase sempre se perde. Fica no caminho, pois quem pode garantir ao certo onde se queria chegar, quando pegou a estrada? Do mesmo modo, caso se tenha certeza, qual a diferença? É inútil! Como já havia dito, não há fórmulas prontas. O planejamento se perde, tudo fica à mercê, suspenso no ar, em órbita.

Se ao menos tivéssemos a certeza de que o planejado pudesse dar certo...



(Júnior Vilas Bôas)