27 de agosto de 2012

A cor das ideias.



Qual o problema em desistir? Será que eu precisaria continuar alimentando tal situação para poder rabiscar a folha em branco? Não, imagino que não.

A mistura de todas as cores do espectro, dando origem à cor branca reproduz fielmente a liberdade que temos diante de uma simples folha de papel. Simples no formato, conceito e geometria, porém, com uma funcionalidade um tanto complexa quanto à natureza humana. Nela a humanidade se expressou por séculos, Impérios experimentaram os dois lados da moeda - ascensão e queda - amores foram cultivados através de cartas, e poetas, exatamente eles, encontraram um forte aliado, não para relatar alegrias ou tristezas, e sim, apenas para serem: poetas.

Precisei viajar quilômetros para abrir os olhos e enxergar o óbvio. O quebra-cabela que eu mesmo criei, foi peça a peça, formando a imagem que muitos em volta já conheciam. No fundo eu também já sabia, mesmo lutando para mudar esse quadro. E assim foi, até chegar num ponto que não dava mais, ficou insuportável. Não há outra alternativa, é a única solução, página virada.

Alguns vão dizer que é necessário coragem. Confesso que não sei, prefiro confiar na razão. Acredito nela, está comigo há alguns anos. E também, não há o que temer, sempre vai existir uma folha em branco pronta para receber uma nova história.



(Júnior Vilas Bôas)

7 de agosto de 2012

Uso de defensivos naturais


Experiência: Uso de defensivos naturais para o controle de pragas e doenças em hortas orgânicas no sertão de Pernambuco 


Chamada: Defensivos naturais para o controle de pragas e doenças em hortas

Ano Publicação: 2006





Os agricultores e agricultoras do Sertão Central de Pernambuco reuniram-se em uma oficina para discutir os principais produtos naturais utilizados na região no controle de pragas e doenças. Eles lembram que esses produtos, apesar de serem naturais, devem ser aplicados sempre na quantidade e na freqüência certa, somente quando necessário. Quando conhecer uma nova receita, eles aconselham antes testar o modo de usar e a concentração do produto numa pequena porção da horta até comprovar o efeito da dosagem sem comprometer a produção. Por fim, eles lembram que mesmo não sendo agrotóxico, um defensivo natural é um produto ativo e tem que esperar pelo menos dois dias após a aplicação para colher as hortaliças. Os produtos mais usados no Sertão Central de Pernambuco são:

Farinha de trigo com detergente: dissolver 1 quilo de farinha em 20 litros de água e meio litro de detergente neutro. Aplicar de manhã em cobertura total. A aplicação será mais eficiente em dias quentes e secos. Pode combater a mosca branca, ácaros, pulgões e lagartas de horta.

Pimenta malagueta: bater 500 gramas de pimenta vermelha ou malagueta em um liquidificador com 2 litros de água. Coar o preparado e misturar com 5 colheres das de sopa de sabão de coco em pó, acrescentando mais 2 litros de água. Pulverizar as plantas atacadas por pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas. Aguardar 12 dias para colher.

Folha de nim: misturar 250 gramas de folhas e ramos verdes picados em 20 litros de água. Aguardar um dia. Coar e pulverizar. Serve como repelente para uma grande variedade de insetos.

Fumo: mistrurar 250 gramas de fumo em 20 litros de água e 500 ml de detergente neutro. Aguardar 24 horas. Excelente inseticida contra pulgões, vaquinhas, cochonilhas, lagartas etc.

Alho: dissolver um pedaço de aproximadamente 50 gramas de sabão de coco em 4 litros de água. Juntar 2 cabeças picada de alho e 4 colheres de pimenta vermelha. Coar em pano fino. O alho é um bom repelente de insetos, bactérias, fungos e nematóides.

Urina de vaca: Deixar curtir a urina de vaca em um recipiente fechado por 4 dias. Depois misturar um copo da urina em 20 litros de água. Serve principalmente para combater ataques de moscas, pulgões e largadas, ao mesmo tempo em que serve como adubo para as hortaliças.

Angico: Deixar 1 quilo de folhas e vagens de angico de molho em 10 litros de água durante 5 a 8 dias. Coar e diluir 1 litro da solução em 5 a 10 litros de água. Indicado no comabete de pulgões, lagartas e formigas.





PS: Esse experimento não foi desenvolvido, e nem testado por mim. O que estou fazendo, é apenas repassando informação sobre o combate aos herbicidas.

3 de agosto de 2012

Do perigo iminente.



Nas estradas de Minas, entre o belo e o perigoso, uma linha tênue, que abriu os olhos daquele que vivia numa espécie de feitiço. Da janela do ônibus podia se ver uma linda paisagem, montanhas, cafezais, e um verde deslumbrante, porém, o show da natureza não escondia o perigo dos desfiladeiros e penhascos logo ali ao lado da estrada.

Em todo esse tempo, o sentimento confundiu-se com as estradas mineiras. A pureza em sentir, com o coração pulsando, o mais forte dos sentimentos. Sem promessas de ser feliz, assumindo todo o risco, essa é a verdadeira coragem daquele que se entrega.
A entrega mostra a coragem, a sinceridade, até onde você pode chegar. Já que você passa a não ser o dono das rédeas, fica em suspensão, nas mãos dos deuses, à rolar junto com os dados. O risco, sim, foi saboreado, e acredite, é amargo, assim como previsto.

O risco, nada mais é que a parte perigosa da estrada. Era o medo inerente, em seguir viagem na escuridão. Exemplos não faltaram, entretanto, quando não se está sendo levado, fica fácil enxergar e, tentar reagir. Por outro lado, quem está dentro do "ônibus", sendo carregado, mesmo sabendo dos riscos, a pessoa quer apenas enxergar o que vem depois do perigo. E muitas vezes, o inesperado acontece. Não obstante os fatos, nada de mágoas, as sinuosas estradas de Minas retratam muito bem o caminho percorrido, onde, no fundo, a chance de não dar certo era real e visível o tempo todo. Ou seja, não assustaria caso viesse a se concretizar.

A responsabilidade em guiar tal "veículo" é muito grande, não se pode brincar. A vida não permite que você negligencie a direção, pois, pode não haver outras chances, e sim, apenas uma. Justamente aquela onde você deveria ter pedido ao motorista que parasse o "ônibus" que você quer embarcar, ou então, por pior que seja, desembarcar. De uma maneira honrada, madura. E nunca, jamais, brincar com a direção. Porque o destino, sim, o destino...pode vir na contramão!




(Júnior Vilas Bôas)