28 de outubro de 2011

Sina(is)



"jamais perca seu equilíbrio,
 por mais forte que seja o 
 vento da tempestade.
 Busque no interior o abrigo."


O termo símbolo, designando um tipo de signo, onde a partir de uma realidade concreta, é possível se representar algo abstrato, como religiões, tempo ou matéria. Ou seja, se é "símbolo" estará sempre representando alguma coisa, a alguém.

É muito bem aplicado na comunicação, e em outras áreas do meio, por onde o homem possa permear, e se relacionar. Sejam eles reconhecidos internacionalmente, outros nem tanto, apenas um grupo fechado consiga compreendê-la. Esse poder faz um pouco da magia na pura simbologia.

Alguns inquietos, não conformados apenas com a linguística em si, querendo ir além da estrutura e do processo da linguagem, pensaram eles, em algo que englobasse o todo, relacionando a própria linguagem com outros meios de comunicação, sejam eles, através de símbolos. Surge assim um novo ramo, a semiose. Por definição: "qualquer ação ou influência para sentido comunicante pelo estabelecimento de relações entre signos que podem ser interpretados por qualquer audiência."

Um breve relato histórico, para salientar uma dor que teima em permanecer. Mora aqui, às vezes ao lado, como um vizinho inquieto, chato. Que incomoda até quando está distante.

O que podiam imaginar os Hindus, quando que ao olhar o quarto dedo, ao coração seriam levados por uma veia? Não imaginam como falou por si só, isso nos dias de hoje, algo iniciado há tanto tempo. Na mais pura das simbologias, porém, na mais confusa, uma dúvida chega, dilacerando toda uma razão, que luta para se manter de pé, e não se dá por vencida. La emoción, dramatiza como numa novela mexicana.

Naquele instante, gostaria de um símbolo, me cairia bem o anel de Gyges, descrito por Platão. Reza a lenda que o pastor Gyges encontra um anel ao descer por uma fenda aberta na terra. Com ele, obtém o poder de se tornar invisível. Entretanto, usa-o para adquirir poder através de meios um tanto quanto duvidosos, para não dizer ilícitos. Algum homem resistiria à tentação, em saber que suas atitudes não seriam testemunhadas?

Com que propósito, o Cavaleiro sem Espada, se apossaria desse signo? O que tentar? Como usá-lo? Não parar de usar? Sua razão e emoção, expostas como feridas abertas, conflitando numa arena tomada por leões mais uma vez.





(Júnior Vilas Bôas)

27 de outubro de 2011

Dica de Livro: A Elite da Tropa



'MÁQUINAS DE GUERRA. Eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de policiais atuando com força máxima e devastadora."

Um livro diferente de tudo que já foi visto, contando a histórias de pessoas reais, vivendo a realidade de um país cheio de feridas abertas, sangrando e pedindo socorro. Para os amantes da leitura, deixo aqui minha recomendação: A Elite da Tropa. E aí, vai encarar, ou vai pedir pra sair?

22 de outubro de 2011

Do it yourself




Alguns dias fora de órbita até que não foram tão preocupantes, já que poucas informações (ou quase nenhuma), vieram da "central". Essa condição abre espaços, e também, novas alternativas, para situações prazerosas, mesmo sem ter a certeza de que serão efêmeras, ou não.

Com isso, fica a certeza de que a Terra se tornaria um ambiente inóspito, sem a presença do sol para aquecer-lhe. Esfriaria totalmente, congelando as engrenagens que impulsionam a força motora da máquina. Sem transmitir movimento de uma para a outra, não há vida! Fica difícil mantê-lo.


"contra, contra;
contra a tradição,
contradição."


Seria algo como uma "esquerda light", "jagunços hightech", quase um "dejavú nunca visto". Torna-se assim, paradoxal, bem contraditório, como diz a música: 

"o supra-sumo da contradição."

Num pequeno espaço de tempo, coisa de uma postagem para outra, dentro do mesmo mês ainda, as coisas se apresentam dessa maneira. Vive-se muitas experiências, vários sentimentos quase que ao mesmo tempo. Acaba te levando para uma espécie de paralelismo, outro mundo. Nele você respira melhor, como se não apertassem seus pulmões, sem a terrível sensação de estar se afogando em um aquário.

Mais leve, sorrindo mais, assim segue indefinido, porém existe aquele plano B, aquela saída emergencial. Outro paradoxo, quando afirma-se que só existe um caminho a ser trilhado por vez. Não me divido, nem teletransporto, sendo assim, sigo meu caminho, às vezes sozinho, outras não. Sem meios termos, quero todas as luzes, todos os sons, ou nenhum deles.


"um pedaço do paraíso
 uma estação do inferno
 uma soma muito maior do
 que as partes"








( Júnior Vilas Bôas)

13 de outubro de 2011

Entre tantas outras, ainda bem.




Muito se imagina, especula-se, mas pouco se sabe. Um novo turbilhão foi em mim, arremessado, idêntico ao de pégaso, grande lembrança, já que estamos na semana da criança, aí a minha homenagem. Nada de imagens, já me escondo de mais. Um aviso crianças: na infância só é preciso saber dividir o tempo, nada mais. Depois piora, isso é certo!

A velocidade de informação tomou conta de todos, de tudo. Até nas relações interpessoais, deseja-se saber de tudo, o tempo todo, com uma maior velocidade, mesmo sabendo que isso não nos fará bem. É mais um claro exemplo do irracional se juntando ao racional, do nosso caro amigo Freud Flinstone: o beijo na lona do ídolo! Algo do tipo. Não se tem mais paciência suficiente para deixar o vento soprar a vela, impulsionando o pequeno "grande" barco, mar adentro. A situação das águas? Não importa, ainda é cedo. Não deixaremos a velocidade de informação estragar isso também, não é?

Quando se procura mais, descobre-se muito, até o que não deve, ou não quer, que seja. Sabe-se que é uma característica da sociedade atual, a frieza das relações. É de causar espanto aos mais próximos, por menos claro que seja, a exposição causa espanto. Uma cópia, um ponto em comum, mais um. Volto a dizer, confundir é mais elegante! Parece que faz escola, ou então, existem dois professores.

Voltando a velocidade de informação, é comum às sextas, aquele resumo bem sintetizado da semana. Os principais acontecimentos, aquelas crônicas. Ou algo do tipo: O mundo em 1 minuto. Como? Pois é, uma frase, um trecho, um simples dizer, balança o mundo sem ao menos perceber. A frase estaria com certeza entre "o que falaram os famosos durante a semana", essas coisas. No Twitter (tem algum outro exemplo melhor para a velocidade de informação que essa?), estaria encabeçando os TT's Mundiais. Poxa, foi mesmo polêmico. [Risos/ para não chorar]


"...se ajoelhou como servo pela primeira vez, dizendo já sofrer demais..."


No século dos modelos, dos padrões pré-determinados, remete-se a um passado, às cópias do bem. Quer ser igual? Copia a dor do outro. Leva junto o sofrimento alheio, às vezes com isso, o diminui, ou melhor divide. Ao menos estaria fazendo algo de bom, compartilhando. Ajuda Sísifo a subir as pedras montanha acima.





(Júnior Vilas Bôas)

2 de outubro de 2011

Dias do inimaginável tornar-se real.



Hoje amanheceu para muitos da mesma forma, para outros, um pouco diferente. A impressão é de que hoje seja um daqueles dias de tensão, emoções à flor da pele. Dias estes, onde nem a própria metafísica seja capaz de explicar. Até porque, não seja algo com muito explicação ou lógica, dias assim, transcendem a sabedoria humana.

Dias assim, onde a cortina se abre sozinha e permite a entrada do sol, trazendo esperança como se trouxesse algum recado, soprado ao pé do ouvido pela brisa calma, como se falasse baixinho. É o nutriente essencial para o desenvolvimento da semente. Um combustível a mais quando se pensa que as engrenagens não terão mais força para continuar o pulsar da vida, e transmitir a energia necessária de uma para outra.

Estar intrinsecamente ligado à nossa condição, é real, é provado, degustado. Acreditamos sim, mais que os outros. E isso nos diferencia. É questão de noética, genética, cultural, que seja, não sei bem o que é. Porém, ainda assim, funciona. Sempre funcionou, então, por que desistir?

Hoje vai ser assim, tá na cara, tá no sol, no vento, no colorido da rua, uma plena conexão, algo além de dogmas e religião. Sem credos, sem armas, sem medos, apenas uma mente e um coração desarmado, pronto para tudo, pronto para nada. Mesmo sabendo que dias assim, o nada nunca é convidado, mesmo quando vem sem tradução. Dias como este, sempre, traz algo, muda apenas a intensidade.

Que esse seja o dia da mudança, que se consiga dar uma arrancada em busca do desejável. Sem falar muito, sem muitos sorrisos forçados, apenas sentir, conectar-se.


(Júnior Vilas Bôas)