27 de agosto de 2012

A cor das ideias.



Qual o problema em desistir? Será que eu precisaria continuar alimentando tal situação para poder rabiscar a folha em branco? Não, imagino que não.

A mistura de todas as cores do espectro, dando origem à cor branca reproduz fielmente a liberdade que temos diante de uma simples folha de papel. Simples no formato, conceito e geometria, porém, com uma funcionalidade um tanto complexa quanto à natureza humana. Nela a humanidade se expressou por séculos, Impérios experimentaram os dois lados da moeda - ascensão e queda - amores foram cultivados através de cartas, e poetas, exatamente eles, encontraram um forte aliado, não para relatar alegrias ou tristezas, e sim, apenas para serem: poetas.

Precisei viajar quilômetros para abrir os olhos e enxergar o óbvio. O quebra-cabela que eu mesmo criei, foi peça a peça, formando a imagem que muitos em volta já conheciam. No fundo eu também já sabia, mesmo lutando para mudar esse quadro. E assim foi, até chegar num ponto que não dava mais, ficou insuportável. Não há outra alternativa, é a única solução, página virada.

Alguns vão dizer que é necessário coragem. Confesso que não sei, prefiro confiar na razão. Acredito nela, está comigo há alguns anos. E também, não há o que temer, sempre vai existir uma folha em branco pronta para receber uma nova história.



(Júnior Vilas Bôas)

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