20 de setembro de 2011



Aqueles que se encontram nesta situação, apenas torcem para que um coração seja tocado, e com isso, faça com que sintam um remorso eloquente, capaz de enrubescê-los. E assim, mostrar-lhes o quanto atitudes como esta machucam. Em contraponto, perceberem que nem tudo pode ser feito. Notam quem nem sempre estaremos ali, prontos para experimentar tais situações. Enquanto semeiam um sentimento corre-se o risco, porém, não é bom estar sempre disponível, deve haver o medo de magoar, o medo do desprezo, da perda. Ou seja, não parecer acessível, vulnerável sempre.

Óh, pobre coitado! assim segue o cavaleiro sem espada, sem perspectiva, juntando esperanças desejos pelo caminho, deixando amigos e família aflitos na pequena vila onde nasceu. Promete voltar, com seu maior tesouro em mãos. Segue enfrentando seus medos, desafiando o perigo num mundo cruel, que não tolera erros. É preciso coragem, e ele sabe disso, por isso, se apega a que lhe resta.

Seu oponente continua atrás de uma fortaleza, por enquanto, aparentando ser intransponível. Não há aproximação, não há sequer estratégia de luta, e devido a isso, batalhas vão sendo perdidas. Na última, ferindo sua honra, seu caráter, magoando-o profundamente. Mas o cavaleiro é sagaz, saberá usar a força do oponente contra o mesmo, assim como numa luta de judô. Até porque, o golpe revelou algo...
...um certo desconhecimento em relação ao grande Cavaleiro!


(Júnior Vilas Bôas)

13 de setembro de 2011

A conquista do espelho - pt.1



"Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade."

Ahá, até parece! Entretanto, agora, deixa-me mais calmo, tendo a certeza de que mal algum tenho feito aos outros. Tento acreditar que dessa maneira me aproximo ainda mais do que eu realmente quero, apesar de saber que os motivos caminhem independentes um do outro.

Há cura para rancores reprimidos, dos que te prende a pessoas e situações, que há muito não a satisfazem? Alguns sentimentos te aprisionam, é o fator limitante, não permitindo o desenvolvimento em vários sentidos. Como abrir estes olhos, olhos que veem mas não enxergam?

A cada dia que passa, cenas são produzidas, situações traçadas, roteiros escolhidos. Apenas esperando o elenco entrar em cena, deixar o camarim com o figurino impecável, e o texto na ponta da língua. Caso esse não esteja, não há problema, improvisa-se.



Setembro
Se tem, não me lembro.
Se quero, busco,
o silêncio quebro
sete vezes, grito.

Setembro
quando lembro, 
Já não existe saída.
Se tem, é tu, 
triste mês de Setembro.





(Júnior Vilas Bôas)