9 de abril de 2012

Los dias Santos.




"Este santo anarquista, que conclamou o povo baixo, os excluídos e "pecadores", a chandala no interior do judaísmo, a contrariar a ordem dominante - com uma linguagem que, se pudéssemos confiar nos evangelhos, ainda hoje levaria à Sibéria -, foi um criminoso político, na medida em que criminosos políticos eram possíveis numa comunidade absurdamente apolítica. Isso o levou à cruz: a prova disso é a inscrição na cruz. Ele morreu por sua culpa - falta qualquer razão para dizer, por mais que se tenha dito, que ele morreu pela culpa dos outros."

(O Anticristo - Friedrich Nietzsche)


Independente das posições, opiniões e crenças religiosas, o santo-meio-findissemana agrega alguns valores - na minha singela opinião - maiores que os combates ligeiros ao cristianismo ou qualquer outra religião, e também, à própria crença.

Cada um busca em si suas verdades, e tudo o que queira acreditar como sendo ela, o caminho. Entretanto, mesmo sem discutir a importância da data para o calendário cristão, ou todos seus significados, sem apartes eclesiásticos, há sim símbolos, que transcendem à regula, fazendo sentido apenas para quem a pertence.

O que pode representar essa ladeira cheia de pedras no caminho, debaixo desse sol escaldante, rumo àquela pequena capela recheada por velas, pedidos e intenções, que enterra a própria história em seu chão?

Chão!
Quando quer descer
faz uma ladeira.
Chão!
Quando quer crescer
vira cordilheira.

E assim cada um segue seu caminho para as demais semanas que restam no ano, cheios de esperança e renovação. Motivos? Pra quê? Certeza? Quem as tem?

Simples: "Fé cega, e pé atrás!"



(Júnior Vilas Bôas)

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