8 de fevereiro de 2012

Os fótons são os mesmos!




Eu canso de ouvir-pensar-ver que "tudo que é sólido desmancha no ar". Em que nada é eterno, ou moderno. Então, como afirmar com tanta convicção que nunca mudará? Nada me convence mais, do que uma simples palavra: Comodismo.

O medo do novo pode não te deixar tomar decisões importantes, modificar um caminho, ou até, marcar em tua pele, à ferro e fogo, cicatrizes que as levará até o fim da vida. Claro, é comum resistir à mudanças sabendo que elas nos trarão novos hábitos, personagens, histórias. Chega um ponto que o nosso cérebro está condicionado a fazer o mesmo, como se atuasse em piloto automático. Disse Lenine: "o medo é a linha que separa o mundo...", e para muito, essa linha que separa dois mundos, é distanciada apenas por um passo. Pois é, um passo, então não me venha dizer que a caminhada é longa, porque nada é tão distante, quando se é satisfatório.

Então, diga-me, por que as pessoas se acostumam com algumas situações que não lhes fazem bem? Que corrente é essa que te aprisiona, atrasa, impedindo uma evolução natural das coisas? Mas como mudar sem a certeza de que o próximo passo é correto? Opa! Uma fé cega, e claro, um certo pé atrás. Não dá pra negar a dificuldade em toda essa problemática. Afinal, julgamos a partir das nossas experiências, sentimentos, óticas. Por isso nos apegamos, e mesmo que tudo e todos a nossa volta, vejam o contrário, os envolvidos, enxergam numa só direção. Há então, o desgaste, mas e aí, vai esperar que ele resolva? Que leve milhões de anos como a ação da água e vento numa rocha? Sério, não espere tanto...

Atende, meramente, e acima de tudo, à sua comodidade. Só isso, mais nada. E tem plena noção de que o faz, faltou dizer se ao fazê-lo, agradava-a. Em mim, faltou audácia de perguntar, coragem de investigar, e claro, o egoísmo de plantar em outro solo, uma semente da qual se espera brotar o mais puro dos sentimentos.

Pede-se apenas um momento de loucura, surta-te! Quer dizer, encoraja-te, é melhor, pois ao surtar, não estaria, é claro, tomando decisões corretas, e provavelmente não te levariam a um bom lugar. Foge desse comodismo, não perde a hora certa, já que a pessoa - ah! isso falo com certeza - é a errada. Porque eu...
...eu, é, bem! Eu devo esperar? Ué, eu devo me acomodar? Cara*#@,



(Júnior Vilas Bôas)