16 de fevereiro de 2013

A história se repete.




O resultado da insônia é inversamente proporcional ao estado físico. O corpo certamente sentirá as consequências durante o dia, cansaço, moleza, aquela imensa vontade de nada fazer. Porém, é um período de extrema atividade e inquietação mental.

Algo se repete, entre pensamentos e sonhos que me fazem pensar, volto a dizer que mudei de livro, mas a história é a mesma. Quase tudo é igual, mas as diferenças me encorajam ainda mais. O sentimento se expande, toma conta do corpo, anseia sua saída. Quer vir à luz! No desencontro uma certeza: de que, com um sorriso no rosto, faz o encontro valer a pena.

O corpo que abriga uma mente inquieta, quase sempre, não responde. Vive em descompasso, de lado, calmo, andando sempre devagar. Não tem pressa para ir aonde deseja, imagina-se que seja para equilibrar as forças no seu mundo. Duelo entre mundos, físicos e o das ideias, põe à prova toda a Metafísica, mas castiga o corpo, enfraquece a física.

Tudo sempre é novidade, não tem um padrão. A cada dia uma surpresa, sempre uma sensação diferente, uma distração. Um aparte que virou rotina em toda produção textual, deixa ela passar, e observa, mas não se demora.

A cabeça pensa, o corpo sente,
a mão quer escrever,
mas a caneta não funciona.


Há várias diferenças entre os mundos físico e das ideias que nos deixam em desalinho.



(Júnior Vilas Bôas)