2 de outubro de 2011

Dias do inimaginável tornar-se real.



Hoje amanheceu para muitos da mesma forma, para outros, um pouco diferente. A impressão é de que hoje seja um daqueles dias de tensão, emoções à flor da pele. Dias estes, onde nem a própria metafísica seja capaz de explicar. Até porque, não seja algo com muito explicação ou lógica, dias assim, transcendem a sabedoria humana.

Dias assim, onde a cortina se abre sozinha e permite a entrada do sol, trazendo esperança como se trouxesse algum recado, soprado ao pé do ouvido pela brisa calma, como se falasse baixinho. É o nutriente essencial para o desenvolvimento da semente. Um combustível a mais quando se pensa que as engrenagens não terão mais força para continuar o pulsar da vida, e transmitir a energia necessária de uma para outra.

Estar intrinsecamente ligado à nossa condição, é real, é provado, degustado. Acreditamos sim, mais que os outros. E isso nos diferencia. É questão de noética, genética, cultural, que seja, não sei bem o que é. Porém, ainda assim, funciona. Sempre funcionou, então, por que desistir?

Hoje vai ser assim, tá na cara, tá no sol, no vento, no colorido da rua, uma plena conexão, algo além de dogmas e religião. Sem credos, sem armas, sem medos, apenas uma mente e um coração desarmado, pronto para tudo, pronto para nada. Mesmo sabendo que dias assim, o nada nunca é convidado, mesmo quando vem sem tradução. Dias como este, sempre, traz algo, muda apenas a intensidade.

Que esse seja o dia da mudança, que se consiga dar uma arrancada em busca do desejável. Sem falar muito, sem muitos sorrisos forçados, apenas sentir, conectar-se.


(Júnior Vilas Bôas)

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