22 de maio de 2011

Entre dor, sem pudor, ser a dor.



Ser refém do fado, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, torna-nos muito fracos. Incapazes de reagirmos diante das adversidades que nos são apresentadas, sem aviso prévio. Força-nos a aguentar uma situação de desespero no maior dos nossos sonhos, no melhor do sono, onde, quando se estar acordado, tudo desmorona, desmancha no ar.

Não se tem motivo para lamentar, a situação já se apresentava constante desde o princípio, e durante esse tempo foi que evoluiu. Foi durante o tormento que, inerente a ele, tivemos sua transformação. Então, já que é assim, deixa-me mais calmo em saber que não cometi erros em momento algum. Esperar ainda continua sendo a melhor alternativa.

Entretanto, a bola de neve já cresceu tanto que é como se os dois fossem um só. Fazendo parte de cada, em um todo, de todos os pedacinhos. Mas ainda não plantamos, como "colher a flôr?" Como virar raiz nesse chão? A semente continua em meio impróprio, labutando num solo que não chega a ser infértil, pelo contrário, apenas usando de um agente de "mascaramento", escondendo desejos, vontades e realidades.

A estrada ainda é inimiga na maioria das vezes, dando um choque de realidade, em quem deseja sonhar, e faz do "mundo das ideias" a melhor companhia, quando, no "mundo dos sentidos", nada flui.



(Júnior Vilas Bôas)

2 comentários:

  1. O esquema é lançar um agrotóxico no solo infértil, diminuir distância com ponte aérea e encher a lamparina de querosene, mas filtrar a fumaça porque toda mariposa que voa perto da luz quer continuar vivendo mesmo que seja bem menor do que pensa que é.

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  2. Pois é, algumas atitudes devem ser tomadas, para esse "solo" passar a ser bem fértil.
    Valeu pelo comentário!
    Até.

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