15 de maio de 2011

À beira da caverna.



O que tem para ser escrito? O que tem para ser falado? Apenas aceitar calado a condição presente, que maltrata abertamente, sem pedir licença ou dizer ao menos um bom dia!, chega a todo momento, seja ele esperado ou não. Já não se pode esperar uma antecipação, fica cada vez mais imprevisível.

Pode já estar acontecendo no tão falado por Platão: Mundo das ideias. Essa concepção filosófica de Dualismo, que se baseia na presença de dois princípios, ou duas substâncias ou duas realidades opostas e inconciliáveis, apenas às vezes, não muito, mas nesses momentos sim, ganham muito valor e relevância.

A comparação ganha bastante força tomando-se como base esse dualismo, onde sabe-se da existência do "mundo das ideias" e do "mundo dos sentidos". Para Platão, tudo que se pode tocar e sentir na natureza "flui". Portanto, tudo presente nesse mundo está sujeito à corrosão devido ao tempo. Lembra-me algo, "tudo que é sólido desmancha no ar." A partir dessa afirmação, mantêm-se acesas algumas chamas, de fato que no mundo dos sentidos não temos tanta certeza, já que somos passíveis de erro. Entretanto, no mundo das ideias, a ideia principal já está formada em algum lugar, esperando apenas o momento propício para atingir à superfície, definindo a forma que irá seguir.

Neste mundo, não que tudo seja possível - também deve haver suas limitações - mas, sabe-se que, para alcançá-lo e conhecê-lo, não se pode fazer através dos sentidos. E já que primeiro vem a ideia para depois as formas do mundo dos sentidos, nota-se que existem alguns medos, mas em grande parte, na grande maioria, tudo está no caminho certo.


(Júnior Vilas Bôas)








Fonte: O Mundo de Sofia
http://www.inf.ufsc.br/poo/conceitos/platao.html

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