10 de fevereiro de 2011

E se...



e se...

e se fosse fácil dizer o que pensa,
mesmo quando o momento não se exige
racionalidade, apenas, entregar-se à emoção?

e se errando, a gente fosse pelos cantos,
meio que acertando, e se acertando?

e se fosse fácil achar o caminho das pedras?
já dizia o gênio do sul, que no verão do norte,
às margens do Velho Chico, profetizará um ditado:
"que não há tempo perdido, e nem tempo a perder..."

e se quase sempre que tô em paz,
fosse guerra que desejo,
mesmo sem estar preparado?
Não quero descansar em paz, necessito viver...
Óh! vida real, como mudar de canal?

e se quando mais eu preciso, não for de livros e amigos,
for com você que eu queira estar?
Amar e mudar as coisas que estão em volta;
buscar melhorar, olhar-me além da máscara,
sem dupla identidade, sem falsas imagens e troféus.

e se falasse tudo que eu penso, mesmo pensando
que você não poderia me escutar?
Teria eu esse direito? De plantar em ti nesse momento,
uma semente em meio impróprio, e rezando aos santos,
que brotasse algo além de um tormento.




(Júnior Vilas Bôas)

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