2 de outubro de 2013

A arte de errar.



As imprecisões estão mais do que consolidadas nas ações humanas, do que podemos imaginar. Construímos e desconstruímos coisas em questão de segundos. Acertar o alvo com a flecha, pode, no final das contas, quando nada o ajuda, ser mais fácil - do que obter todas as variáveis condicionadas à favor.

Construir um cenário, criar uma oportunidade, nos torna muito mais vulneráveis, evidencia nossas fraquezas, obrigando-nos sempre a ponderarmos as questões. E, como percebemos, ponderar, não necessariamente, é o que preferimos. Surge nesses momentos, a necessidade emergencial da procura por aliados, que sejam capazes de esclarecer algumas dúvidas e encorajar-nos.

Buscamos informações apenas para frear a mente, esta última, por sua vez, tem como característica inata, trabalhar por si mesma. Enxergar detalhes, ler as entrelinhas, notar as mudanças indesejadas. Quando desmentidas, o peito pulsa, aumenta-se os batimentos, a coragem eleva-se. Precisa-se de pouco para impulsionar os desejos de busca. Nossas vontades precisam de uma pequena faísca para incendiar.


São simples tentativas,
cenários complexos
vontades vorazes
desejos dinâmicos
imprecisas interações


A mente inquieta torna-se uma vilã ao simples ofício da escrita. Ser o coração e não o cardiologista evidencia as dificuldades em buscar entendimentos e traduções, quando se espera transbordar a folha com inúmeros caracteres, na ânsia de que suas palavras, até então, não ditas, possam encontrar, ao menos, o caminho dos olhos.


(Júnior Vilas Bôas)

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