9 de dezembro de 2011

Uma lig-ação




Há muito se perguntando, como surgiu esta ligação? O que foi responsável por esta atração, que se assemelha a uma interação de íons metálicos. Van-der-Waals não saberia responder, pois a ligação que leva o seu nome é fraca demais comparada a esta em questão.

A trama continua, o jogo de caça-ao-tesouro- não para, é como se o labirinto fosse se tornando cada vez maior e mais complexo. Por enquanto, tem-se apenas a imagem pela janela, pelo esquadro, na janela do celular, numa imagem congelada, o riso pronto, sem complicações e/ou explicações, apenas estar lá. Por hora, é apenas isso! Um prato fundo, a comida pouca, a fome devastadora. É a fome do mundo todo em apenas uma pessoa. Mas, e aí, como explicar essa ligação? Como esquecer de todo o contexto, de tudo mesmo? Um jogo que é jogado sozinho, ou então, essa seja a maneira como jogas. Caso seja, não agrada, não mesmo.


"...às vezes faz nossa cabeça,
    um par de olhos, um pôr de sol;
   às faz a diferença..."




É difícil alguém provar para você que não existe nem a possibilidade, na verdade, você não dá nem chance para uma contra-resposta. Você pede explicações, mas querendo ouvir só o que te interessa, ou seja, busca explicações para essa ligação, mas as próprias especulações não te satisfazem.


Não saber onde isso tudo vai parar assusta, perder o controle por alguns segundos, pode tirar o trem dos trilhos e causar graves acidentes. Assusta, é claro que sim, mas...
...como diz o mestre: "vibramos em outras frequências".

Quantos já alimentaram algo semelhante? Não são todos, eu imagino. Não fui eu toda vida. Que aconteça com frequência ou não, por que deixar de lado?

Faço minha parte, sentindo culpa ou não, sei que sempre é possível. Dou o tempo que precisar, para se concretizar, ou então, para ficar apenas na janela do celular. É, vida real, não mudarei o canal, seguirei até o fim. Acho que isso começa, mais ou menos, a explicar que ligação é essa.


Um sorriso, um olhar.
Até quando? até que ponto?
Uma imagem paralizada, no celular.





(Júnior Vilas Bôas)


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