26 de novembro de 2011

Entre dois extremos



É não tentar decifrar o amanhã,
rolando junto com os dados,
nas mãos dos Deuses, refém, um afã.
Num perfeito caos, no olho do furacão.

A cada passo, cada ato, uma dúvida.
Em não tentar, sorrir, aceitar...
insatisfeito, como um rei sem súditos;
A mente um abrigo, como uma jaula a enlaçar.

Oníricas representações, como pensado por 
muitos, num mundo melhor: Donde Están?
Em teu umbigo o centro do universo,
atraído como um imã, em órbita.

Na maior parte do tempo, aparte;
uma parte, duas metades.
Sem querer, sem pensar, quero
na parte, da outra metade,
tu inteira, um artifício, minha arte.




(Júnior Vilas Bôas)

Um comentário: