25 de agosto de 2011

"...os artifícios da arte são tantos..."

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Insatisfeito com o presente momento, sem previsão de melhoras, e notícias que o agradam, assim segue o Cavaleiro sem espada. Lutando contra seu oponente com os artifícios que lhe são apresentados, por mais inofensivos que pareçam ser.

Sabendo de sua incapacidade perante o fato, não podendo combater a situação que o machuca profundamente, o Cavaleiro não se abate, segue esperançoso. Mas como pode, num momento como esse, se entregar à emoção? Tornar-se refém do fado, e apegar-se simplesmente, a fé?

Ao menos, se o oponente estivesse no pelotão da frente, e não se escondendo atrás de um batalhão. Batalhão esse que não permite um ataque contundente, impensado, à flor da pele. A peleja continua na estratégia, na solidão de um quartel, mergulhado em pensamentos, sofrendo com a dor do querer.

Não obstante toda essa dificuldade, ainda encontra artifícios na arte para relatar o desejo. Mentes na arte, porém, na vida real, torna-se cada vez mais difícil calar o desejo que anseia em gritar aos ventos. O Cavaleiro caminha de lado, garboso, mas não por vontade, não por acreditar que a dor o torne mais elegante, ele apenas não escolheu essa situação. Foi acometido por tal!

Esperança: quem abriu e a deixou sair da caixa de Pandora? Quem o fez, não sabe do perigo que pôs no mundo. Muitos a ela se apegam, encontrando razão em situações desfavoráveis, beirando o inexplicável, ainda assim, buscando respostas que tardam em aparecer.


Em inícios de parágrafos, podem dizer mais que apenas frases juntas!


(Júnior Vilas Bôas)

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