17 de abril de 2011

À espera do ensejo.

O instante que antecede a desavença é tão tenso quanto foi a Guerra Fria, não se sabe por onde pode ser atacado. Apenas espera-se um golpe, porém inofensivo, assim como foi caracterizada a guerra. Todos tão armados, tudo bem planejado, entretanto, o medo de um ataque mútuo permeia o ambiente.

É um jogo estratégico, cansativo na maioria das vezes. Não há ataques diretos, observa-se muito mais, envolvendo-se numa teia que te prende sem dar respostas imediatas. A condição atual castiga, saber detalhes é um martírio. Mesmo assim, continuo lá, ao lado, ligando intrínsecamente a dor e o querer em uma súplica rotineira. É a crua sensação do desespero, deixando-te de mãos atadas.

Não me peçam explicações, existem várias óticas para a mesma obra, "sou um coração, não um cardiologista", já dizia o grande Gênio. Portanto, não me perguntem o que fazer. Não espere clareza, confundir é mais atraente, até porque, ninguém anda por aí com o seu manual. Seria mais fácil se já viessem designado as precauções e contra-indicações, concordam? Ao concordar comigo você pode estar discordando de você mesma, cuidado!

Instantes que cabem na eternidade, entretanto, em instantes, acaba a eternidade, são momentos únicos que de uns dias pra cá mudam todo o modo de ser. Deixar a surpresa para a última hora aumenta o desejo de um momento propício para clamar o óbvio.

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