14 de agosto de 2015

O orvalho era a lágrima da flor.





Chico uma vez disse que ‘voltara a cantar porque sentiu saudade’, aqui encontro-me, voltando a escrever por medo de perder a música que dita o compasso em que meu coração bate. Se nunca soube definir o humor do poeta, alegre ou triste, concluo que a tristeza exerce em mim a força que impulsiona a escrita.

Sim, triste, assim permaneço, depois que ferir a mais bela flor que cultivei no meu jardim. Não consigo encontrar motivos, explicações razão no erro. Não há! Sinceramente, não seria razão se houvesse, tal fato possuiria um outro nome. Talvez loucura, insanidade...

O desenhar do relacionamento, o caminho que trilhamos e tudo que se espera acontecer daqui para frente, com nossa “libertação”, nossa independência, fortalece o laço e descreve uma futura união que é próxima. Talvez, pensando assim, tenha enxergado como os últimos minutos em que ainda se permita ter esses “acessos de irracionalidade”. Nada justifica, pouco se apaga. Cresce o gosto em conquistá-la um pouco todos os dias.

Arrisquei a sorte, a minha única sorte, aquela que me estendeu a mão e permitiu que entrasse em sua vida. Deixou-me fazer parte de sua história, permitiu caminhar ao seu lado e pensar um futuro. Antes, sentia seu coração batendo junto ao meu, ontem busquei sua mão, estava distante, dor.

Por tempos me cobrava que voltasse a escrever, aqui estou, infelizmente por dolorosos motivos. Soubesse eu, que só voltaria nessas condições, por saber que a machuquei, desejaria a ignorância, tornar-me analfabeto, porém tê-la em meus braços.



Zé.

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