A pausa na inspiração veio para mostrar que a expiração faz
parte, e caminha junto, com qualquer expressão humana. Mas em que ponto as duas
soltaram suas mãos?
Um lugar determinante para toda a mudança de perspectiva.
Dois momentos diferentes, duas oportunidades, uma batida na porta... deixaram-me
entrar. Deitei na tua cama e me encobrir com os “Lençóis” brancos, fui
transportado para outra realidade. Não existe fantasia onde vivo, mudei de
canal, agora saboreio a realidade.
A procura pelo bem-querer somada aos obstáculos do caminho
fez surgir um mundo de belezas e desejos. A simples felicidade acomoda, torna a
calmaria duma mente pensante, confusa. O poeta se reconhece como tal, quando
não encontra definição para seu estado de humor.
A inspiração é a fagulha que faz a combustão e coloca em
trabalho o “motor humano”, cumprindo o incansável dever de rabiscar a folha em
branco, confundindo os esclarecidos, elucidando os confusos.
Ser no momento apenas o coração e não o cardiologista onera
o dever, atrasa a arte/ofício do simples ato de escrever.
Zé.