Todos caminham com pressa, buscando o que não têm, querendo ser o que ainda não são. Uns encontram, outros se perdem pelo caminho. De tal modo, caminha a sociedade, que diria eu ser atual, mas temo que quando tomei consciência de tal fato, já possa ser tarde demais. O tempo passou, alguma geração pós-algumacoisa, se formou. Obsolescência programada, também, para o pensamento.
Continuamos passageiros, onde na maioria das vezes, não tomamos nossas decisões, e, acabamos levados pela corrente. É um detalhe, a vida é a soma deles, ou também, uma coleção de desencontros. Posicione-se, essa é a questão. Não escolher o lado também é uma escolha, mas não aceitar as consequências, não.
Um passo à frente,
um passo avante;
ainda que em falso,
um passo.
O tempo passa e deixa impresso suas incertezas. Se todos os caminhos escolhidos e percorridos mostram a direção a seguir, ou se ainda continuam a ludibriar às ideias. Ainda assim, movendo-se é que saberemos ao certo o resultado de nossas escolhas. É lógico, só podemos julgar um caminho, a partir do momento que conhecemos outro. E nessa diferença de tensão, que a vida se move, a engrenagem gira, passando movimento para outra, e outra...
Algo grandioso é esperado para aquele que tem o grito guardado. No existencialismo vemos que a decisão tomada não é apenas aquela que afeta a individualidade, mas a que julga-se correta para todos os homens. É um pensamento esclarecedor para aquele que teme o resultado de suas atitudes até então, visto que ainda possui tempo para realizar algo que mude completamento o roteiro de sua vida, tomando um rumo que o satisfará por completo.
A vida é cíclica, o tempo é longo para quem vive, e curto para quem a deixa passar. O mundo gira, a vida se faz...
(Júnior Vilas Bôas)