26 de novembro de 2011

Entre dois extremos



É não tentar decifrar o amanhã,
rolando junto com os dados,
nas mãos dos Deuses, refém, um afã.
Num perfeito caos, no olho do furacão.

A cada passo, cada ato, uma dúvida.
Em não tentar, sorrir, aceitar...
insatisfeito, como um rei sem súditos;
A mente um abrigo, como uma jaula a enlaçar.

Oníricas representações, como pensado por 
muitos, num mundo melhor: Donde Están?
Em teu umbigo o centro do universo,
atraído como um imã, em órbita.

Na maior parte do tempo, aparte;
uma parte, duas metades.
Sem querer, sem pensar, quero
na parte, da outra metade,
tu inteira, um artifício, minha arte.




(Júnior Vilas Bôas)

15 de novembro de 2011

Do it now, Brother!



Barbaridades são ditas e vistas em nosso país. As notícias saem aos montes, junto, uma grande empresa anunciando seu produto, empurrando goela abaixo da população. Não se tem dúvidas que as notícias sejam reféns dos interesses das mesmas, bajulando, contornando, vendendo seu ponto de vista.

Fomos castrados, proibidos de pensar, questionar, contrariar. Sequelas da Ditadura Militar, da retirada dos cursos de Filosofia das escolas públicas, evitando formar mentes pensantes, com dúvidas e incertezas, capazes de abalar os muros da supremacia. O Cálice (cale-se!) ainda grita muito mais alto que nossa súplica. Nossas necessidades foram esquecidas, muros levantados, sonhos interrompidos.


"...mas a dúvida é o preço da pureza..."


Nossos movimentos virtuais, incapazes e inofensivos, ganham força, mas não voz. Ganham números, mas não espaço. Colore a tela, mas não pinta a cara. Desaprendemos, ou sei lá, deixaram de ensinar. "Ser jovem e não ser revolucionário, é uma contradição genética", disse Che Guevara. Movimentos new wave, cyber (alguma coisa), não são suficientes, precisam urgentemente sair às ruas. Expandir-se, não só em espaço, mas em massa. Se o Universo não o faz, faremos nós! Basta saber se a revolução é um atavismo, podendo ser esquecida, porém reaparecer, ressurgir.

Tentam implantar meios repressores num ambiente que fervilha o oposto, a Universidade. Exemplo disso, temos os estudantes da USP, junto com os Mestre e Doutores, os senhores do pensar. Lutando bravamente, mantendo-se firmes com suas posições, tendo a certeza que tudo naquele ambiente foi conquistado assim.

Que os mais recentes, tomem como exemplo. E por mais que sejam convidados a se retirarem, não desistam, a Universidade é Nossa!. Nós a fazemos, nós somos os tijolos da parede. Foi uma pequena contribuição, algo pouco notável, irão dizer, mas foi preciso, foi necessário. A adesão estudantil foi capaz de transformar situações, de mudar roteiros.


"...‎emancipate yourselves from mental slavery..."






Não permita ser dominado, engaje-se! Participe, para mudar. 


Não apenas passe, olhe em volta. Descubra, mude! 


Assuma às rédeas do destino. Não escute apenas um lado, escute os dois, 


certamente você será o terceiro.






Há muito mais do todo em cada um de nós!