25 de junho de 2010

A esperança

"...Zeus quis que os homens, por mais torturados que fossem pelos outros males, não rejeitassem a vida, mas continuassem a se deixar torturar. Para isso lhes deu a esperança: ela é na verdade o pior dos males, pois prolonga o suplício dos homens."

É impressionante como tudo o que você ouve, lê e vê remete a alguma coisa ou alguém, caso, nossa mente esteja voltada para eles de forma acentuada. Algumas lembranças ficam guardadas no subconsciente esperando simples estímulos para virem à tona, deixando fortalecidos e criando uma espécies de rotina para essas memórias. Essa rotina fica meio que parecida com algumas obrigações religiosas como rezar o terço para os católicos, ou voltar-se para Meca cinco vezes ao dia, assim como fazem os muçulmanos. Ou seja, chega alguns momentos do dia em que você se sente obrigado a pensar em alguém ou em algo. É um dever para com esses "espectros mentais", que nos deixam ligados a eles.

Lendo esse trecho, retirado do livro, Humano, demasiado humano, escrito por Nietzsche, que fala da esperança como sendo o pior dos males, pois só faz com que a dor humana dure por mais tempo sem que ele ao menos pense em desistir de viver, assim como fazem os animais irracionais - que quando estão praticamente subjugados por seus predadores - entregam-se à morte quase que silenciosamente.

Acredito que pouquíssimas pessoas, além de Nietzsche, vejam a esperança com esses olhos, até porque, geralmente, depositamos as nossas em pessoas queridas, as quais não esperamos nos decepcionarmos. Analisando esse ponto pode-se entender o que o filósofo quis dizer. Pois quando temos nossos sonhos castrados pelos outros, alimentamos alguns dos piores sentimentos dentro de nós, podendo até ser refletido nos outros. A decepção move as pessoas tanto para o bem - buscando um "renascimento" - quanto para o mal, levado pela vingança. E nesse quesito, o ser humano é capaz das piores atrocidades. Mas quando ele faz buscando tomar um novo rumo para sua vida nota-se o momento da evolução humana. Quase uma Fênix!

A esperança é responsável pela insistência do homem com alguma situação já experimentada, onde se conhece os seus pontos positivos e negativos. Mas a atração por esses abismos, que nos fazem correr riscos são ligados por uma ponte, e essa ponte é a fé. Ela cria expectativas otimistas que nos iludem momentaneamente, e quando tomamos conta já estamos flutuando entre esses abismos, entregue ao destino.

Nos últimos dias tenho me apegado a essa palavra na iminência de um futuro promissor. Mesmo sabendo o que irei encontrar à minha frente de agora em diante. Não temerei meus antigos medos, até porque já sei como enfrentá-los. Aprende-se, também, com o tempo. Entretanto, é notório que encontrarei novos obstáculos, e pode-se dizer que anseio por isso. Dias atrás comentei com uma pessoa, muito querida por mim, que quero tentar, desejo...mereço tentar. A resposta foi meio "fé cega, pé atrás".

Não obstante ter prometido para mim mesmo, e até depois de gritar aos quatro ventos que não queria algo parecido, encontro-me aqui, e agora, sem saber nem ao certo como concluir esse parágrafo, veja lá essa teia que me prende, sufocando-me e exigindo respostas imediatas.

Luz, eu quero mais luz!

2 de junho de 2010

Bons ventos...

Pois é pessoal, boas notícias vieram.
O que eu esperava se concretizou, e de maneira direta, fui informado que estarei com ela daqui uns dias. Essa resposta mudou muita coisa, vejamos, estava com um texto pronto para ser postado aqui, mas, depois da resposta dela, fiquei desarmado e tudo que tinha pensado sumiu.

Eram algumas dúvidas, que foram resolvidas semana passada, coisas da minha cabeça, caprichos meus...digamos!

Quem sabe um dia coloco aqui, só como um pensamento rápido, passageiro.

Até mais!